Por Péricles Malheiros | Fotos Marco de Bari | 07/2013
A Audi do Brasil não fala oficialmente sobre a possibilidade de fabricar o novo A3 por aqui, mas uma fonte ligada à marca entrega o estágio atual das conversas sobre o tema. Produzir o A3 e a sétima geração do Golf na unidade de São José dos Pinhais (PR) é uma das alternativas, uma vez que ambos são montados na plataforma MQB, a base multiproposta que o Grupo Volkswagen desenvolveu para aumentar o ganho de escala. "O casamento que tivemos com a Volkswagen no Brasil, entre 1999 e 2006, produzindo justamente A3 e Golf, teve um saldo muito negativo para a Audi. O divórcio é muito recente e isso acabou gerando uma corrente contra a ideia de refazer a parceria. Ao mesmo tempo, há gente graúda que gostaria que esse plano fosse colocado em prática com urgência. Produzir o A3 no Paraná permitiria à Audi colocar modelos nacionais nas lojas antes da BMW e Mercedes, que ainda precisam estabelecer suas fábricas", diz nossa fonte. Os modelos mais cotados para a nacionalização são o Sportback, que chega em julho, e sua derivação sedã.
Por fora, a terceira geração lembra bastante a segunda. No perfil, saltam aos olhos os vincos mais assumidos, com destaque para o volume superior, que nasce junto ao farol e segue pelo para-lama, pela porta (abaixo do retrovisor e acima da maçaneta) e ganha a traseira, morrendo na superfície da lanterna. Os faróis do A3 Sport mantêm a tradição da marca e exibem leds que cumprem o papel de luz diurna. Na dianteira, o para-choque menos arredondado confere um ar mais agressivo.
Por dentro, os sinais de evolução são mais evidentes. Montado na nova plataforma MQB, a mesma do Golf de sétima geração, o A3 - e demais produtos nela baseados - poderá oferecer itens típicos de categorias superiores. Na Europa, por exemplo, o A3 terá piloto automático adaptativo, mas, por enquanto, esse atrativo não será oferecido por aqui. Ainda assim, o A3 Sport é bem equipado. Ar digital bizona, teto solar panorâmico, airbags (frontais, laterais e de joelho para o motorista), controles de estabilidade e tração, sistema multimídia, direção elétrica e rodas aro 17 são os principais equipamentos de série. O sistema de navegação por GPS (com instruções de voz em português do Brasil) é o único opcional. Esse equipamento acompanha o sistema com capacidade de reconhecimento de escrita manual - para fazer uma ligação, basta que o motorista "desenhe" o número desejado com o dedo sobre um botão no console. Além da quantidade de atrativos, o A3 esbanja qualidade. A tela retrátil acima das saídas centrais de ventilação é fina, de alto brilho e, ao toque de um botão, se oculta de maneira silenciosa, sendo encoberta por uma tampa plástica bipartida. Ou seja, é um sistema que remete a uma qualidade superior à aplicada pela Mercedes-Benz no Classe A, onde é fixa, pequena e de menor definição.
Com motor 1.8 turbo de 180 cv e câmbio DSG (com dupla embreagem e sete marchas), o A3 fez bonito na pista. Adotando o procedimento padrão da prova de aceleração para os carros sem controle de largada - acelerador pressionado até o fim, da imobilidade aos 1000 metros -, o A3 registrou 7,7 segundos de 0 a 100 km/h. Com tempo distante dos 7,2 segundos divulgados oficialmente pela Audi, apliquei o "truque" (conto como se faz adiante) dos pilotos da marca e o tempo baixou para 7,4 segundos.
Com motor 1.8 turbo de 180 cv e câmbio DSG (com dupla embreagem e sete marchas), o A3 fez bonito na pista. Adotando o procedimento padrão da prova de aceleração para os carros sem controle de largada - acelerador pressionado até o fim, da imobilidade aos 1000 metros -, o A3 registrou 7,7 segundos de 0 a 100 km/h. Agora você deve estar querendo sabem como é o truque, não? Pois bem: com o câmbio em neutro e o pé esquerdo sobre o freio, pressiona-se rapidamente o acelerador e, enquanto a rotação sobe, coloca-se a alavanca em Drive. A partir daí, a aceleração é plena. Lothar Werninghaus, consultor técnico da Audi, diz: "Há diversos sistemas de proteção do motor e da transmissão. Não importa o que o piloto faça, a eletrônica sempre irá evitar evitar danos por sobreesforço". Seja lá como for, segurança acima de tudo: a manobra não é indicada para ser feita fora do ambiente da pista de testes.
Fonte: Quatro Rodas
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